Pequeno ser do corpo pálido
Ser da escuridão com rosto de garoto
Cuja alma é solitária e sem cor
Seus traços escondem algo maroto
Cachos avermelhados molduram o seu rosto
Por trás desta figura infantil
Esconde-se algo sombrio e febril
Um mundo sem gosto
Anjo da escuridão, seu destino é incerto.
Pode-se existir algo puro e maligno?
Algo cuja sina voluptuosa é escrava do deserto?
Solidão sem volta e sem bons signos
Asas brancas foram colocadas em ti
Porém não é o certo em si
Preto o rondará
E por toda a sua vida o acompanhará
Arrancado de sua terra por homens cruéis
Família arrasada e culpada
Mas levado a um lugar de reis
Lá teve sua dor amparada
De luxo foi cuidado e amado pelo seu superior
Achou outra família para se apoiar e viver
Contudo, anos depois lhe veio à dor
E dessa vez não conseguiria sobreviver
Transformado em ser sombrio o pequeno anjo se tornou
Todo o seu novo lar agora se quebrou
Mais uma vez arrancado de sua casa
Ao lado de seres sem raça
Não te entristeça pequeno anjo
Suas asas negras irão leva-lo para longe
Porém seu sangue maligno o levou a um arranjo
Agora viverá como um conde
Sua vida sofrida define o que é
Um menino anjo com asas da escuridão
Tristeza, dor e solidão
Mesmo acompanhado seu coração sempre será só
Lágrimas de sangue caíram de seus olhos
Teias individuas se tornarão um nó
Quando os fios de outros cruzarem o seu
Por favor, anjo, não se desespere
Sempre serás amado, mesmo com sua escuridão
Por isso não se desapegue
Aqueles o que o amam sempre o unirão
Anjo... Andrei... Amadeo... Armand...